Doença de Lyme em cães: conheça os sintomas, causas e tratamentos

Todos nós sabemos que os carrapatos são um enorme problema para os pets. Isso porque eles são vetores, ou seja, podem transmitir o agente causador da doença (como bactérias e vírus) para seres humanos e outros animais.

A doença de Lyme em cães é um exemplo disso, e muita gente tem dúvidas sobre o assunto ou não sabe do que se trata. Neste post você verá como a doença é adquirida, sintomas, tratamento e formas de prevenção para você cuidar da saúde do seu amiguinho. Boa leitura!

Conhecida também como borreliose canina, a doença de Lyme é causada pela bactéria Borrelia burgdorferi (agente) e é transmitida por um carrapato contaminado (vetor).

A doença de Lyme é adquirida por meio da picada do carrapato contaminado. Ela provoca uma série de danos ao cachorro, como você verá a seguir, mas outro problema é que a borreliose é uma zoonose que também pode contaminar seres humanos, equinos e bovinos.

A contaminação em seres humanos não ocorre por meio do cachorro (como uma mordida), mas sim do contato com o carrapato. Portanto, você não corre risco ao cuidar do seu pet com cautela.

No caso dos seres humanos, o local fica avermelhado e aumenta com o tempo. Já o tratamento é feito com antibióticos a depender do nível da doença, mas vamos abordar com mais profundidade a ação dessa bactéria no corpo do cachorro.

Depois da picada do carrapato, a bactéria ataca as células e, posteriormente, os tecidos do corpo do cachorro. Assim, surge uma infecção que pode piorar gradativamente e que apresenta resistência ao organismo canino.

O local da picada pode ficar vermelho e irritado por causa da inflamação. Esse problema pode ser notado pela percepção de alguns sintomas que atacam o pet, como:

Se o cachorro doente mancar, isso significa que ele teve as suas articulações comprometidas, o que gera dor e desconforto. Do mesmo modo, se o pet estiver arqueando as costas quando caminha, é um sinal de rigidez nessa área.

Em casos mais graves, a doença de Lyme pode causar aborto em cadelas prenhes, por isso é importante identificar os sinais e levar o animalzinho para uma clínica veterinária. Além disso, o problema pode atacar o coração, provocando uma miocardite.

Outros sintomas graves, mas não tão comuns são: sensibilidade ao toque, falta de ar, encefalite, paralisia e insuficiência renal. Vale destacar que a doença de Lyme pode levar o cão a óbito se não for tratada.

No entanto, muitos cães são assintomáticos, ou seja, não apresentam sinais de que estão com a borreliose. É importante ressaltar que essa doença fica incubada no corpo do pet de dois a cinco meses.

Você percebeu que o seu cão não está legal e apresenta um ou mais dos sintomas listados? Leve-o rapidamente para uma clínica. Lembramos que quanto mais rápido a doença for identificada pelo tutor, maior é a chance do cachorro se recuperar rápido e sem complicações.

É o médico veterinário que vai avaliar a situação do cãozinho, com exames de sangue, observação e análise do histórico de saúde e condições de vida do animal. Também podem ser feitos outros exames, como os de urina e fezes, raio X e punção articular.

Tenha em mente que o diagnóstico pode levar mais de um mês para ser feito. Após a identificação da doença, o tratamento acontece com o uso de antibióticos, por quatro semanas, em média. Caso seja necessário, a medicação é feita por um tempo prolongado.

Terapias também podem ser realizadas para diminuir algum sintoma, além da higienização do ambiente que o cão vive.

Até mesmo depois do tratamento, o cão pode ser infectado por outro carrapato ou a mesma infecção aparece novamente. Logo, invista na prevenção para que o seu amiguinho não passe por uma situação como essa.

Para evitar a doença de Lyme em cães, é preciso ter cuidado para que o cachorro não tenha contato com carrapatos. Os carrapatos contaminados podem ser encontrados em gramíneas grandes, arbustos, florestas, bosques, pântanos e regiões com diversos animais.

A primavera e o outono são consideradas as “estações do carrapatos”, então tenha cuidado redobrado durante esses períodos, principalmente se você leva o pet para passear.

Dê banho no pet com frequência e observe diariamente se ele tem algum carrapato, inclusive em regiões como patas, orelhas, focinho e no canto dos olhos.

No Brasil não existe vacina contra a doença de Lyme, portanto, o ideal é insistir na prevenção com o uso de coleiras e medicações contra carrapatos. No mercado existem diversos produtos, como coleiras anti-carrapatos e repelentes para manter esses invasores longe do seu pet.

Ao perceber a existência desse parasita, converse com um veterinário sobre a melhor forma de combater o problema. Você pode utilizar remédios, pinças específicas, banho carrapaticida e outros procedimentos que irão acabar com o carrapato e diminuir as chances da doença de Lyme se manifestar.

Se você encontrar um carrapato no pet, remova-o rapidamente e coloque-o em um pouco de álcool, ou então esmague-o no chão com uma pedra. O ideal é adquirir uma pinça específica em um pet shop para facilitar a retirada.

Não deixe o líquido do carrapato esmagado entrar em contato com a sua pele e use luvas, preferencialmente.

Por fim, existe uma vacina para cães a partir de 12º semanas de vida, mas nem todos os cachorros podem se vacinar. Para saber se o seu pet pode ser imunizado, converse com um médico veterinário, ele vai avaliar o estilo de vida do animal e possíveis riscos.

A doença de Lyme em cães é muito comum e pode ser evitada, mas às vezes ocorre a contaminação, mesmo cuidando do pet diariamente. Se você suspeita que o seu cãozinho foi afetado, procure um médico veterinário e detalhe ao máximo os sintomas.

Na verdade, é essencial procurar a ajuda de um profissional caso o pet tenha qualquer comportamento incomum e não somente os sinais da borreliose.