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Linfoma em gatos: uma das doenças mais comuns

Você já ouviu falar em linfoma em felinos? Trata-se de uma das neoplasias mais recorrentes nos pets, tendo aumentado sua prevalência nos últimos anos, muito por conta do aumento da expectativa de vida e envelhecimento dos gatos. Entenda a seguir os pontos mais importantes sobre o linfoma em gatos

O que são linfomas? 

Linfomas são neoplasias caracterizadas pela proliferação de linfócitos malignos, que ocorrem sobretudo em órgãos linfóides, como linfonodos, medula óssea e baço. Trata-se da neoplasia felina mais comum. 

Quais as causas dos linfomas em gatos? 

Sabe-se que diferentes fatores influenciam no surgimento de linfomas em gatos. Um dos principais diz respeito às retroviroses, como leucemia felina (FIV) e imunodeficiência felina (FeLV), doenças causadas por vírus e que comprometem o sistema imunológico do pet, aumentando as chances de desenvolvimento de neoplasias, inclusive linfomas. 

Quais são os tipos de linfoma que mais atingem felinos?

Confira um pouco mais sobre os tipos de linfoma que mais acometem gatos: 

Linfoma digestivo 

Caracterizado pelo envolvimento gástrico, intestinal ou dos linfonodos mesentéricos, de forma isolada ou não. A forma digestiva do linfoma é o tipo mais comum em gatos. É mais comum em felinos idosos (a partir dos 12 anos em média) e as regiões mais acometidas são intestino delgado, estômago e cólon. 

Linfoma extranodal 

Outro linfoma em felinos que pode ocorrer é o extranodal, que compromete regiões como rins, cavidade nasal, olhos, espaço retrobulbar, pele, entre outras.

Em caso de avanço da doença, pode afetar o sistema nervoso central, sendo esta uma sequela comum. 

Linfoma mediastínico 

Acomete timo e linfonodos, tanto mediastínicos quanto esternais. Costuma acometer felinos jovens (idade média inferior a 5 anos) e Felv-positivos. Na literatura veterinária observa-se certa incidência deste tipo de linfoma em gatos siameses. 

Confira também: 

Quais são as manifestações clínicas de linfoma em gatos?

Os sinais de linfoma em felinos variam a depender do sistema comprometido e da gravidade do quadro. 

No caso do linfoma alimentar em gatos os sinais incluem perda de peso progressiva, anorexia, vômito com ou sem a presença de sangue, diarréia, icterícia, sangramento ao urinar e/ou defecar e sede excessiva. 

Já na forma extranodal, o conjunto de sintomas depende do local e sistema acometido, podendo incluir sinais mais inespecíficos como letargia, anorexia e perda de peso até sinais mais característicos como uveíte, perda de visão, perda de pelos, úlceras sobre a pele, tosse, presença de secreção purulenta e convulsão. 

Por fim, o linfoma mediastinal apresenta sinais clínicos como falta de ar, dificuldade para engolir, anorexia, tosse, perda de peso e regurgitação por compressão esofágica. 

Como os linfomas são diagnosticados em gatos?

O diagnóstico de linfoma em gatos se baseia principalmente no exame físico completo, hemograma, urinálise, perfil bioquímico sérico e testes de FIV e FeLV. 

Exames complementares de imagem como ultrassonografia abdominal e radiografia torácica/abdominal também são de grande auxílio no diagnóstico, assim como exames de citologia, histopatologia e biópsia. 

Qual o tratamento para linfoma em felinos? 

O protocolo de tratamento a ser estabelecido contra linfoma em gatos é complexo, devido à grande variedade de tipos histológicos e localizações anatômicas. Dessa forma, o tipo de tratamento a ser adotado não é consensual e nem previsível. 

Porém, o protocolo de tratamento mais utilizado é a quimioterapia, com o objetivo de proporcionar maior conforto ao gatinho e induzir a remissão completa da doença, quando possível. Felizmente, os felinos costumam tolerar bem esse tipo de tratamento. 

A radioterapia e a cirurgia também são opções de tratamento, a depender da localização anatômica da neoplasia. 

O procedimento cirúrgico se mostra uma opção quando há obstruções, como no caso de linfoma alimentar obstruindo alças intestinais e linfoma extranodal com acometimento medular, a fim de promover a descompressão. 

Outro ponto importante é o suporte nutricional, pois gatos com linfoma costumam perder bastante massa muscular e gordura, emagrecendo significativamente. Em especial felinos com linfoma digestivo necessitam de uma boa suplementação. 

Prevenção de linfoma em gatos 

A prevenção de tipos de câncer como o linfoma ainda é um tema delicado e de grande complexidade, uma vez que sua origem é multifatorial. 

Porém, é possível diminuir as chances de um gatinho vir a desenvolver linfoma, mantendo-o protegido de doenças como a FIV e a FeLV, evitando suas saídas e contato com a rua. 

Leve o gato para exames e avaliações veterinárias regularmente desde filhote e realize testes FIV-FeLV com frequência, principalmente em caso de felinos novos chegarem à família. E claro, mantenha as vacinas dele sempre em dia!

E aí, como estão os exames de rotina do seu bichano? Fale já com a equipe da Pet Pillow, agende uma consulta aqui para cuidar da saúde do seu pet!