A chegada de um cachorrinho em casa é uma grande novidade e pede adaptações que, muitas vezes, vão contra às expectativas, especialmente de quem está lidando com pets pela primeira vez.
Uma das questões que surge é quando o cachorro gosta de roer as coisas e começa a destruir tudo que aparece pela frente. É angustiante tentar as mais variadas estratégias, cobrir os móveis com plásticos ou mantas, deixar cadeiras em cima do sofá, enfim… transformar a casa em um lugar esteticamente desagradável.
Mas calma! Tem jeito! Inicialmente, é importante saber que o filhote de cachorro gosta de roer mesmo e é sobre isso que vamos falar no post de hoje. Acompanhe!
Uma questão de comportamento
Como seres humanos, passamos por diversas fases da vida e, para cada fase, é esperado determinado comportamento: existe o momento de andar, falar, comer sozinho, etc. Nas fases iniciais, também é esperado que as etapas sejam acompanhadas por alguém responsável, que ofereça os estímulos e as condições necessárias para apoiar o desenvolvimento.
Com os pets acontece a mesma coisa, existem comportamentos que são parte das fases em que eles estão vivendo.
Roer, por exemplo, é algo inerente ao comportamento dos cães filhotes, mas também pode ser visto em adultos. As razões dessa necessidade são diversas, como exercitar a mandíbula, manter-se em movimento, gastar energia, combater o tédio, querer sair de um lugar no qual ele sinta-se confinado, limpar os dentes…
Quando são filhotinhos, ainda há o processo de crescimento dos dentes, que faz com que ele sinta a necessidade de coçar a gengiva, por exemplo. Como tutores, devemos oferecer as condições necessárias para que eles possam suprir as necessidades deles, o que certamente nos deixará mais tranquilos também.
Por falar em tranquilidade, o comportamento de roer em cães adultos também pode estar relacionado à ansiedade, além da já mencionada necessidade de se exercitar.
O que o filhote de cachorro gosta de roer?
Observe bem que os filhotes roem as mais diferentes texturas e densidades. Com isso vemos objetos como sapatos, bolsas, livros, entre outros, e móveis como pé de mesa, armários, sofás e portas, não sendo possível enumerar todas as possibilidades. Dependendo da raça e tamanho, a destruição é proporcional.
Algumas soluções estão disponíveis nos comércios especializados para ajudar os pets nas fases em que eles só querem saber de roer tudo o que tem pela frente.
7 Ações do tutor para evitar que os cães roam
1. Verifique como está a rotina do seu pet
É muito importante checar se todas as necessidades do pet estão cobertas:
- regularidade nos horários de alimentação: se o cãozinho fica muito tempo com fome, pode começar a roer os objetos;
- frequência dos passeios: pode ser necessário levá-lo mais de uma vez ao dia;
- momentos para brincadeiras: correr e pegar objetos no ar são algumas formas de ajudá-lo a gastar energia;
- tempo em que ficam sozinhos em casa: a solidão por tempo prolongado pode levar os bichinhos ao estresse, resultando em comportamentos destruidores.
Sim, somente com essa pequena lista, já deu para notar que são responsabilidades que não dependem dos pets, cabe aos cuidadores organizarem e adaptarem às próprias rotinas às necessidades dos novos companheiros. A retribuição virá em forma de diversão e carinho em abundância!
2. Confira se a saúde está dia
Estar com as consultas veterinárias e exames em dia também contribui para eliminar as possibilidades que estão levando os cães a roerem o que não está destinado para tal finalidade.
Esse ponto é preciso, porque o comportamento destruidor pode estar relacionado aos problemas de comportamento (ansiedade é um deles), problemas bucais, neurológicos, entre outros.
3. Ofereça opções de mordedores
Observadas as ações levantadas nos dois itens anteriores, é hora de oferecer opções para os bichinhos, considerando as características deles. Se preferem objetos mais duros ou macios, bem como o tempo que levam para destruí-los, pois isso vai implicar tanto na textura quanto no tamanho ou quantidade de brinquedos que tenham que ser disponibilizados para eles.
Os mordedores são formas de ajudar o cachorro que gosta de roar a esquecer os móveis, desde que você acerte no que será agradável para ele. Dê bastante atenção ao material, que deve ser resistente e não despedaçar para evitar riscos aos filhotinhos. Pode ser necessário oferecer mais de uma opção de brinquedo.
4. Demonstre satisfação e incentive
Não é só o fato de oferecer um brinquedinho que ele vai se adaptar e pronto! É importante incentivá-lo ao uso. Quando ele pegar o brinquedo, diga palavras de incentivo e demonstre sua satisfação com ele. Outra opção é oferecer petiscos.
5. Desvie a atenção dele
Quando ele começar a roer um objeto ou móvel, repreenda-o de maneira que seja compreensível para ele. Alguns exemplos são:
- apontar o objeto e dizer não com firmeza;
- afastá-lo do objeto;
- tocá-lo na altura do ombro enquanto diz não;
- ofereça o que ele está autorizado a roer.
6. Busque adestramento profissional
Investir em um adestramento profissional é uma solução para quem não tem tempo e nem com quem compartilhar essa função. O mesmo é válido se você perceber que o cão tem a necessidade de passear e brincar por mais tempo. Contratar alguém para essa finalidade vai evitar problemas que não somente o de roer as coisas.
Lembrando que, embora tenhamos usado a palavra problema aqui, roer é uma necessidade dos bichinhos, faz parte da natureza deles e é necessário para o bom desenvolvimento deles.
7. Se necessário, use o repelente para cachorro
O ideal é não ter que fazer uso frequente desse tipo de produto, que está disponível em lojas especializadas na opção spray. Alguns produtos caseiros, como cítricos, vinagre, entre outros, são opções de repelente por causa da sensibilidade dos bichanos aos cheiros. No entanto, o fundamental é consultar um profissional de sua confiança para entender o que é mais adequado para o seu pet.
Cuidados que compensam
Neste post, mostramos que o filhote de cachorro gosta de roer por uma necessidade que faz parte do comportamento dele e também apresentamos algumas opções que podem ajudar os pets nas transições de aprendizagem. No mais, muita paciência, carinho e cuidado, pois diversão e amor são com eles mesmo!
