A raiva é uma doença que pode ser transmitida por meio de mordidas ou mesmo arranhões em nossos animais. O vírus está concentrado na saliva, excreções e secreções dos animaizinhos contagiados e pode ser inclusive transmitida para nós seres humanos.
Você sabe quais os perigos da doença da raiva e como ela pode agir nos nossos cães e gatos? Neste artigo, explicaremos sobre as formas de contágio, como a doença afeta os pets, os principais sintomas, o que fazer após o diagnóstico para cuidar bem dos nossos animaizinhos e também falaremos sobre como se dá a transmissão em seres humanos.
Como saber se meu pet está com raiva, quais os sintomas?
A primeira imagem que vem à cabeça quando pensamos na raiva geralmente é uma só: espuma na boca dos nossos parceiros animais. Contudo, esta é a primeira entre duas etapas da doença. Vejamos.
1ª Etapa: raiva furiosa
Nos primeiros quatro dias em que se inicia a doença, os animais sofrem mudanças repentinas de comportamento. Eles podem sofrer de ansiedade que pode ser identificada em alguns gestos como o de lamber a pata excessivamente, ficar agitado ao ver o dono ou um desconhecido.
Outra característica desta primeira etapa é quando os cães e gatos demonstram um medo e uma agressividade fora do comum, além de uma alteração nos reflexos.
2ª Etapa: raiva paralítica
É nesta segunda etapa da raiva que começam os sintomas neurológicos. Os mamíferos em geral sofrem para engolir alimentos, têm paralisia e falta de coordenação em seus membros.
Também é nesta fase em que a salivação aparece. A característica da salivação ocorre devido ao funcionamento do vírus que se aloja na boca do animal e está se preparando para a reprodução. Infelizmente, é comum o óbito acontecer 48 horas depois da segunda etapa.
Quais as principais formas de contágio da raiva?
A forma mais comum de transmissão da raiva é a mordida, devido ao fato do cão ou gato estar ansioso, nervoso e agressivo por causa da doença, além da sua forte tendência a abocanhar. Por isso, todo cuidado é pouco.
Tanto na lambida quanto na salivação ocorre a reprodução do vírus. Desse modo, quando for absolutamente necessário se aproximar do cão ou do gato contagiado pela raiva, não devemos deixar feridas expostas e devemos ter soro para possíveis cuidados com o ferimento.
Após identificados os sintomas e diagnosticado que o cão ou gato está com raiva, a atenção deve ser redobrada para não deixar que ele contamine quem está à sua volta. Por isso, devemos isolá-lo dos outros animais e também das pessoas.
Como o vírus da raiva pode ser transmitido para humanos (zoonose), deve-se haver uma constante e vigilante atenção para evitar deixar crianças próximas deles.
Como prevenir a raiva nos nossos cães e gatos
Apesar de ser uma das doenças mais complexas e agressivas que nossos animais podem contrair, a prevenção da raiva é simples: através de vacinação. A vacina é fácil, rápida e salva todos os tipos de vida, além de ser uma prática obrigatória em todo território nacional.
A primeira dose da vacina preventiva contra a raiva deve ser aplicada a partir do quarto mês de vida, tanto para cães quanto gatos.
Devemos salientar que a vacinação deve ser feita por um profissional treinado. O veterinário é responsável por fazer o procedimento seguro. Além disso, ele pode instruir em casos de animais com idade avançada e que nunca tenham tomado a vacina.
Algumas regiões possuem programas credenciados que atendem ao público carente oferecendo doses gratuitas.
Seu cão ou gato está com raiva. O que fazer?
Seu pet pegou raiva? E agora? Lamentavelmente, uma vez que seu cão ou gato tenha adquirido a doença, as chances de recuperação são praticamente nulas. Após atingir o sistema nervoso, os animais tendem a falecer entre 7 e 10 dias.
A recomendação veterinária para casos de confirmação da doença é a eutanásia, a fim de minimizar a dor e proporcionar uma morte menos agressiva para nossos pets.
E quanto aos efeitos no corpo humano?
A raiva em humanos não pode ser tratada como brincadeira ou descaso, visto que pode levar a doenças como a paralisia ou mesmo ao óbito. Ainda nos dias de hoje, cerca de 70 mil pessoas morrem em todo o mundo devido à raiva. Por isso, em caso de suspeita do vírus devemos procurar um médico para iniciar o tratamento.
Do mesmo modo como nos animais, o vírus busca se alojar no cérebro, causando agressividade, alucinações e confusão mental, desorientação, salivação e paralisia motora.
Etapas da evolução da raiva nos seres humanos
A evolução da doença nos seres humanos se dá nas seguintes fases:
1ª Fase (incubação): o período varia entre 45 dias em adultos e ocorre em casos mais curtos quando o contágio acontece em crianças;
2ª Fase (pródromo): nessa fase os sintomas são febre, dor de cabeça, dor de garganta e vômito;
3ª Fase (encefalite): aqui ocorre inflamação dentro do sistema nervoso central;
4ª Fase (coma e óbito): a morte acontece cerca de 2 semanas após o início dos sintomas.
Cuidado com os animais: uma questão de saúde pública
Neste artigo tivemos como alvo os cães e os gatos. Porém, podemos adquirir raiva de coiotes, guaxinins, gambás, macacos e morcegos. Em mamíferos como cavalos, cabras e vacas, as ocorrências são existentes, mas menos frequentes.
No caso de a transmissão ocorrer por meio de um animal de estimação, deve-se apresentar a caderneta de vacinação. Caso o contágio venha a ocorrer por um animal de rua, é adequado capturá-lo.
Em ambos os casos, se o animal não morrer em 10 dias, não há risco de contágio. Não há casos de transmissão entre seres humanos, desse jeito não há perigo de proliferação do vírus dentro do ambiente familiar.
A prevenção da raiva em cães e gatos começa pelo conhecimento da doença. Por essa razão, compartilhar essa informação com seus amigos torna-se uma medida de proteção com quem você ama.