Sabe aquela remela no olho do cachorro ou do gatinho logo após uma boa noite de sono? Certas dúvidas rondam a secreção ocular, qual a sua origem e se ela pode representar alguma doença oftalmológica. Saiba quando a secreção ocular em animais é um problema e quais doenças podem estar por trás desse sintoma.
Para que serve a secreção ocular? É sinal de doença?
A secreção nos olhos do cachorro ou do gato, também conhecida como “remela”, é na verdade, formada pela lágrima.
O filme lacrimal é composto por gordura, muco, nutrientes e sal, componentes esses que se misturam e uma parte auxilia na lubrificação ocular, já a outra – a camada gordurosa e o muco acumulado – são empurrados para o canto dos olhos, assim como possíveis sujeiras, formando as pequenas crostas que conhecemos como remela.
Dessa forma, a secreção ocular não passa de um acúmulo de gordura, muco e sujeira que seca e fica no canto do olho, como resultado da nictação natural.
No geral, a presença de remela no olho do pet não costuma ser motivo para preocupação. Mas quando pode ser doença ou problema oftalmológico? Confira aspectos a se ficar atento no próximo tópico.
Os aspectos da secreção ocular em cães e gatos
Caso seu pet apresente algum dos sinais a seguir, busque atendimento veterinário:
- Sintomas concomitantes: um dos principais sinais de problema é quando a secreção ocular está relacionada a outros sintomas, como lacrimejamento, vermelhidão, manchas na córnea ou fotofobia, por exemplo.
- Excesso: em situações normais, a produção da secreção ocular costuma ser mínima. Porém, se a quantidade aumentar consideravelmente, vale a pena levar o pet para uma avaliação oftalmológica.
- Coloração e textura: esteja atento aos aspectos físicos da remela. Sua cor normal varia de transparente para amarelo bem claro. Qualquer coloração diferente pode indicar que algo está errado, como secreções esverdeadas, cinzas ou amarronzadas. Outro ponto é a textura. Secreções oculares de aspecto purulento também são um sinal de alerta.
Quais problemas podem estar por trás da secreção nos olhos do cachorro ou do gato?
As causas por trás de uma secreção ocular excessiva ou mesmo algum aspecto diferente são variadas. Confira abaixo algumas possibilidades:
Corpo estranho
Se o animal está com algum problema ocular, é bem provável que apresente outros sinais além da secreção.
A presença de um corpo estranho no olho do pet, por exemplo, causa bastante incômodo, além de sintomas como coceira, vermelhidão, lacrimejamento em excesso e mudanças comportamentais.
Alterações palpebrais
Quadros como entrópio e ectrópio referem-se a alterações palpebrais que podem ser congênitas ou reacionais.
O entrópio caracteriza-se quando a margem palpebral reverte-se para dentro, fazendo com que os cílios do pet fiquem em contato direto com a córnea. Já o ectrópio é o oposto, quando a pálpebra fica exposta para o lado de fora.
Essas alterações levam a uma irritação da superfície ocular ou da própria pálpebra. Tanto o entrópio quanto o ectrópio podem levar à úlcera de córnea, que por sua vez também pode causar secreções oculares.
Úlcera de córnea
Úlceras de córnea são feridas (superficiais ou profundas) que ocorrem na superfície ocular e causam grande incômodo e dor. Também são porta de entrada para infecções, caso o animal não receba tratamento. Dentre seus sintomas, o pet pode apresentar secreção ocular mucopurulenta.
Infecções
Infecções de origem bacteriana ou viral podem causar secreção nos olhos do cachorro ou do gato, com coloração amarelada e aspecto mucopurulento ou espesso, por conta da inflamação. Infecções por agentes como bactérias ou vírus também podem levar à conjuntivite.
Conjuntivite
Secreção ocular amarelada ou escura pode ser indício de conjuntivite, outro quadro que acomete cães e gatos.
Trata-se de uma inflamação na conjuntiva, de origem multifatorial e que pode estar relacionada à infecção por bactérias, fungos ou vírus.
Ceratoconjuntivite seca
Também conhecida como doença do olho seco, a ceratoconjuntivite seca possui várias origens possíveis, podendo até mesmo ocorrer como um quadro secundário a outras doenças.
Mas a causa mais comum está ligada à genética do animal, por conta de uma deficiência nas glândulas lacrimais, que leva ao ressecamento da córnea e da conjuntiva, além de grande desconforto ocular.
Além de uma série de sintomas não específicos, como vermelhidão e blefaroespasmos, o pet também pode apresentar secreção ocular de tom amarelado.
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Meu pet está com secreção ocular, o que fazer?
Lembre-se que uma coisa é a remela no olho do pet ao acordar, em pequena quantidade e transparente. Outra coisa é perceber secreções de cores diferentes (como amareladas, escuras ou verdes), aspecto purulento e/ou em grande quantidade.
Caso esteja em dúvida quanto a saúde ocular do pet ou perceba algum sintoma, o ideal é buscar auxílio de um médico veterinário para uma avaliação completa. Outra dica é manter os olhos do animal limpos, retirando a secreção ocular com água ou soro fisiológico.
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