A vacina foi uma descoberta do século XVIII e que marcou a história por ajudar a erradicar diversas doenças, como a poliomielite e a varíola. Desde sua descoberta, usamos a vacina para nos prevenir do contágio de diversas doenças como o sarampo, as hepatites, o tétano e entre outras. No entanto, mesmo com tantos estudos mostrando a eficácia das vacinas, muitas pessoas ainda são resistentes a ela, não sendo favoráveis a vacinação de pessoas e de cachorros. Igualmente à vacinação dos humanos, a vacinação de cachorro é fundamental para manter o seu cão saudável e ajudar na erradicação de doenças caninas e zoonoses. Iremos, neste artigo, explicar o funcionamento da vacinação de cachorro e mostrar o porque elas são importantes para manter o seu cachorro saudável.
Como a vacinação de cachorro é feita?
A vacinação de cachorro, assim como as que são administradas aos humanos, é feita a partir de microrganismos que causam as doenças as quais a vacina irá promover a imunização. Porém, esses microrganismos estão atenuados ou até mesmo em fragmentos.
O objetivo é fazer com que o organismo reconheça esses microrganismos e crie defesas específicas para eles. Desta forma, se seu cachorro um dia entrar em contato com esses microrganismos, seu corpo já apresentará a sua defesa – com isso, a doença causada por tal microrganismo não se desenvolve.
Apesar de algumas pessoas ficarem assustadas com o fato de que as vacinas são feitas com os microrganismos causadores da doença, não existe risco de o animal contrair doenças por meio da vacina.
O que pode acontecer em alguns casos, principalmente em filhotes, é o cachorro ter uma reação leve logo após a vacinação, causando sonolência e apatia.
Essa reação é normal do corpo do cachorro, pois ele está reagindo a um corpo estranho que foi injetado em seu organismo. No entanto, o normal é que isso dure apenas alguns dias. Se, por acaso, algo estranho com seu animal acontecer após a vacinação e essa reação não cessar depois de dias, procure um veterinário.
Por que a vacinação de cachorros é importante?
A vacinação é muito importante porque, além de proteger o seu cão de doenças que podem ser fatais, como a raiva, a cinomose, entre outras, também diminui a taxa de contágio dessas doenças.
Com isso, o risco de haver epidemias desse tipo também diminui, e é por isso que as vacinas são tão importantes, tanto nos humanos quanto nos animais. E essa importância é tão grande que existem vacinas – humanas e caninas – que são exigidas por lei.
A raiva, por exemplo, é uma zoonose (doença que pode ser transmitida dos animais para os seres humanos) que há muito tempo não é evidenciada entre os animais domésticos, e isso só aconteceu por causa do esforço de vacinação em massa.
Porém, apesar de a erradicação da doença passar a falsa ideia de não necessidade da vacinação, é preciso entender que a erradicação não é para sempre – assim que os animais domésticos ficarem desprotegidos, eles podem contrair a raiva a qualquer momento.
Inclusive, a doença é frequente em animais silvestres que são encontrados em perímetro urbano, como os morcegos. Por isso, é de extrema importância manter seus pets vacinados.
Quais vacinas devo dar para o meu cachorro?
A pessoa mais indicada para orientar quais vacinas dar ao seu cachorro é o médico veterinário, no entanto, existem algumas vacinas que são comumente administradas.
Uma delas é a antirrábica, que não somente é comum, mas também é exigida por lei. A vacina contra a raiva, em muitos locais, é oferecida pela prefeitura gratuitamente e ela deve ser administrada aos cães uma vez ao ano, com a primeira dose sendo administrada após o 4º mês.
Outras vacinas anuais que são indicadas aos cachorros são as vacinas múltiplas, que possuem em sua composição microrganismos de várias doenças e que, por isso, promovem a imunização de mais de uma doença. Já houveram diferentes versões de vacinas múltiplas, mas hoje a mais indicada é a V10.
Ela protege os cachorros de dez doenças, entre elas a cinomose, a hepatite infecciosa canina, a adenovirose, a coronavirose, a parainfluenza canina, a parvovirose e a leptospirose. A V10 costuma ser administrada aos filhotes a partir dos 45 dias, sendo dada de 3 a 4 doses nesta fase.
A vacina contra a giardíase, doença transmitida por um protozoário que pode causar fortes diarreias, também é indicada aos cachorros.
A giardíase é uma doença muito comum nos animais domésticos e, por isso, sua vacinação é importante para os cães. A vacina contra a giardíase é administrada em duas doses a partir de 90 dias de vida do cão e, depois disso, é necessário que haja reforço anual, garantindo assim a imunização permanente.
Outras vacinas para cachorro indicadas
Em muitos casos, a vacinação contra uma doença chamada tosse dos canis também é indicada aos cachorros. A tosse dos canis é uma infecção respiratória que, como o nome indica, causa tosse e produção de secreções nos cães.
Bem como a vacina contra a giardíase, a vacina contra a tosse dos canis também é administrada em duas doses em filhotes de 60 a 90 dias, com reforços anuais necessários.
Existem algumas doenças que são mais comuns em certas regiões – é o caso da leishmaniose. Dependendo da região em que você mora, a vacinação contra a leishmaniose é indicada para o seu cachorro.
A vacinação contra a leishmaniose é importante, se você é de uma região de risco, por se tratar de uma zoonose. Os cães infectados são como reservatórios do microrganismo causador da doença e, o mosquito vetor da doença contrai esses microrganismos ao picar o cachorro.
Com isso, esse mosquito, ao picar um humano, transmite a doença a ele. É importante saber também que, entre todas essas vacinas, o ideal é que haja um intervalo de 21 dias.
Como já foi comentado inicialmente, a pessoa mais indicada para orientar quais são as vacinas indicadas para o seu cão é o médico veterinário.
Por isso, tenha o hábito regular de levar seu cachorro para consultas veterinárias desde filhote – até porque, a partir dos 45 dias de vida é possível já vacinar o seu cachorro. Se o seu cachorro ainda não foi vacinado, não perca tempo e agende uma consulta em nossa clínica.
