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Confira nosso guia completo sobre catarata em cachorros

Para cuidar dos nossos pets, nada melhor do que conhecer mais sobre os principais problemas de saúde que podem acometê-los, principalmente quando os bichinhos chegam à terceira idade. E não é incomum que nessa fase da vida surjam certas doenças oculares em cães, como a catarata. Confira nosso guia completo sobre a catarata em cachorros a seguir e entenda como lidar com essa doença no seu pet! 

O que é a catarata? 

Já viu algum animalzinho com os olhos esbranquiçados ou azulados? Por mais assustador que esse aspecto seja para um tutor, este sinal pode indicar um quadro de catarata.    

A catarata em cachorros ocorre quando o cristalino torna-se opaco. Essa estrutura ocular forma as imagens que o animal enxerga e também é responsável por fazer a focalização da luz. Pode-se dizer então, que é a lente dos olhos. 

Estágios da catarata em cães

Essa doença desenvolve-se em 4 fases, sendo que quanto mais desenvolvido estiver o quadro, maior é a perda de visão para o pet. Confira detalhes de cada uma delas:

Catarata incipiente 

Estágio inicial, em que cerca de 10% a 15% do cristalino encontra-se comprometido, com pequenos pontos de opacidade. O quadro pode evoluir ou não.  

Catarata imatura 

Neste estágio, a visão do pet já é afetada, tornando-se mais turva. O cristalino pode apresentar um aspecto inchado e até 80% de opacidade. 

Catarata madura 

No terceiro e penúltimo estágio, o cristalino está praticamente todo opaco, de maneira uniforme e com coloração esbranquiçada. O animal já não enxerga. Pode haver o desenvolvimento de glaucoma secundário. 

Catarata hipermadura 

Sem o tratamento adequado ou a partir de um diagnóstico tardio, tem-se a catarata no último e mais grave estágio, o hipermaturo. 

Aqui, toda a estrutura do cristalino está comprometida e os olhos ficam suscetíveis a complicações oculares secundárias, tais como glaucoma, uveíte, inflamação da íris e do corpo ciliar. 

O que causa catarata em cachorros?

Doenças como a catarata em cachorros são consideradas multifatoriais. Veja a seguir algumas possíveis causas para ela:

  • Predisposição genética;
  • Avanço da idade;
  • Infecções ou inflamações oculares;
  • Uveíte;
  • Atrofia progressiva de retina;
  • Traumas ou lesões;
  • Doenças metabólicas como Diabetes Mellitus. 

 

A catarata em animais também pode ser congênita, devido a problemas no desenvolvimento fetal. 

Quais raças são mais propensas a desenvolver catarata canina? 

Conforme foi dito no tópico anterior, a predisposição genética é um dos fatores ligados à catarata em cachorros. As raças mais predispostas a este quadro são: 

  • West Highland White Terrier;
  • Schnauzer Miniatura;
  • Husky Siberiano;
  • Golden Retriever;
  • Old English Sheepdog;
  • Labrador Retriever;
  • Yorkshire Terrier;
  • Bichon Frisé.
  • Cocker Spaniel;
  • Boston Terrier;
  • Fox Terrier;
  • Poodle. 

 

Ainda que a raça do seu cãozinho não esteja entre as que têm maior predisposição, ele também pode desenvolver catarata ao longo da vida. Fique atento ao tópico sobre prevenção mais abaixo! 

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Quais são os sinais de catarata em cachorros?

A catarata em cachorros pode afetar ambos os olhos do animal ou apenas um, e o ritmo de desenvolvimento da doença também varia muito, sendo este um dos principais fatores que interfere na percepção do tutor. Por vezes, quando o diagnóstico é estabelecido, o pet já perdeu grande parte da visão.

Entre os sinais que podem indicar que um animal está com catarata, estão:

  • Alteração na coloração ocular (o cristalino torna-se esbranquiçado ou azulado);
  • Diminuição ou perda da acuidade visual; 
  • Mudanças comportamentais que indicam dificuldade de andar ou de desviar de objetos.

Outros sinais também podem ocorrer, porém quando há outras patologias oculares associadas, como glaucoma ou uveíte. São eles:

  • Grande sensibilidade à luz;
  • Lacrimejamento;
  • Aumento de secreção ocular.

 

Como é o diagnóstico da catarata em cães?

No processo de diagnóstico da catarata, alguns exames podem ser realizados ou solicitados pelo médico veterinário. Saiba quais são eles e porque são úteis para identificar a doença: 

  • Exame clínico: avaliação feita pelo médico veterinário com um foco de luz, para avaliar o aspecto ocular;
  • Biomicroscopia: exame realizado com uma lâmpada de fenda, que avalia o fundo de olho e estruturas como córnea, íris e cristalino, principal estrutura afetada pela catarata canina. 
  • Avaliação da lente ocular após dilatação da pupila. 

 

Além dessas avaliações, outros exames complementares também podem ser solicitados caso o pet esteja com doenças concomitantes ou não seja possível avaliar estruturas devido ao nível de opacidade do cristalino, como tonometria, ultrassonografia ocular e eletrorretinografia (ERG). 

Como tratar catarata em cachorros? 

O tratamento da catarata em cachorros é cirúrgico, envolvendo a remoção da lente opaca. 

Para a cirurgia, há três técnicas conhecidas: a facoemulsificação, a facectomia extracapsular (FEC) e a facectomia intracapsular (FIC) – essa última, utilizada em casos de luxação e subluxação das lentes. 

Quando possível, a facoemulsificação é a melhor alternativa de tratamento. Neste procedimento, a lente danificada é substituída por uma artificial, específica para animais, e aplicada no saco capsular. Trata-se de uma micro-cirurgia, realizada por meio de uma pequena incisão.  

Após a operação, o acompanhamento com o médico veterinário deve ser continuado, já que provavelmente o pet ainda precisará fazer a utilização de colírios e estabelecer certas adaptações na rotina. 

Catarata canina possui reversão? 

A resposta para essa pergunta é: depende. Considerando a possibilidade de cirurgia, a reversão da catarata em cachorros é possível, no entanto, é preciso saber também que nem todos os cães podem ser submetidos ao procedimento. 

Isso porque dependendo de uma série de fatores como idade do pet, condições de saúde, complicações oculares secundárias (como glaucoma ou uveíte) e o próprio nível de avanço da catarata, a facoemulsificação pode não ser recomendada ou mesmo efetiva. Além disso, a terapia medicamentosa ainda possui um papel limitado e poucos agentes demonstraram eficácia no tratamento da catarata. 

Neste caso, serão feitas sempre adaptações domésticas para que a qualidade de vida do animalzinho seja preservada ao máximo.

Vale lembrar inclusive que outros sentidos do cão, como o olfato e a audição são incrivelmente aguçados, dessa forma, o melhor amigo do homem costuma se adaptar bem à falta de visão, ainda que essa falta seja preocupante para o tutor. 

Como prevenir a catarata em cães? 

Sendo a catarata uma doença de origem multifatorial, torna-se complicado preveni-la. A melhor medida de prevenção que um tutor pode tomar é manter as consultas do pet em dia, seguindo as indicações veterinárias corretamente e ficar atento aos possíveis sintomas no cão.  

Oferecer uma dieta balanceada ao animal e manter uma rotina de caminhadas e brincadeiras também é vital, já que uma das causas ligadas à catarata são as doenças metabólicas. 

Notou algum dos sintomas mencionados no seu pet? Fale com a equipe da Pet Pillow e agende uma consulta aqui